No ano de 2016 estudei, pesquisei e me aprofundei em análises científicas, com o apoio do Instituto Tecnologia e Dignidade Humana, os hábitos de adolescentes quanto ao uso da internet, jogos eletrônicos on-line e celulares, percebendo claramente que este tema encontra justificativa social emergente na atualidade. Notadamente, são vários acontecimentos ao redor do mundo que sugerem a interferência negativa destas tecnologias para a infância e adolescência. A escola, os pais, enfim, a sociedade está interessada a entender esses fenômenos, em saber o porquê de tantos jovens e adolescentes, trocarem boa parte do seu tempo diário para ficarem imersos no mundo virtual, e, de se entregarem de maneira demasiada à exploração dos jogos eletrônicos, a ponto de até tirarem suas próprias vidas em detrimento a comandos sinistros dados ali.
Destaco Nicolau Sevcenko (2001, p.17) quando adverte:
“Deixamos para pensar nos prejuízos depois, quando pudermos. Mas o problema é exatamente esse: no ritmo em que as mudanças ocorrem, provavelmente nunca teremos tempo para parar e refletir, nem mesmo para reconhecer o momento em que já for tarde demais”.
Partindo desta reflexão e pensando no público alvo pesquisado, desde o início deste ano de 2017, tenho ido a escolas de Francisco Beltrão e região, como colaboradora do Instituto Tecnologia e Dignidade Humana, com o intuito de conscientizar crianças, adolescentes, pais e educadores quanto aos riscos existentes no uso incorreto e demasiado da internet, jogos eletrônicos e celulares, bem como também, apresentando estratégias de segurança e fatores de proteção quanto ao uso destas tecnologias.
O resultado deste trabalho está sendo bem positivo, e segundo feedbacks de participantes, tanto de profissionais da educação, quanto de pais, os mesmos se sentiam desprovidos de orientação e estratégias para garantir a estas crianças e adolescentes, o uso responsável, equilibrado e seguro destas tecnologias.
Cassia Zancan
Técnica Pedagógica do Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão – Paraná